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FAQ

Veja nossas perguntas mais frequentes

Não, dentre todos os casais, 20% tem dificuldade para engravidar e necessitam de algum tipo de auxílio médico para que isto aconteça.

Quando um casal apresenta dificuldade para engravidar, são necessários, além dos exames físicos do homem e da mulher, exames laboratoriais e de imagem para que se possa descobrir qual é o problema. Os exames básicos inicialmente requisitados são:

NO HOMEM:

a) Exames sorológicos: São exames de sangue para pesquisar doenças infecciosas como sífilis, hepatite, AIDS entre outras.

b) Espermograma: O homem colhe o sêmen por masturbação, e este é avaliado quanto ao volume total do ejaculado, numero de espermatozóides (concentração), movimentação (motilidade) destes, formato (morfologia) e presença de infecção. Um espermograma alterado não significa que o homem tenha problemas, algumas vezes o individuo perde uma porção do ejaculado durante a coleta o que altera os resultados do exame, ou então fez uso de alguma medicação até 90 dias antes da coleta etc…. Qualquer alteração em um exame deve ser confirmada por um outro exame realizado após 90 dias do primeiro, tempo que demora para todo o “pool” de espermatozóides serem renovados por completo. Os parâmetros de normalidade para cada item do exame são:

  • Volume: 2 a 6 ml;
  • Concentração: acima de 15 milhões por ml;
  • Motilidade: 32% de espermatozóides tipo a + b ou 25% de espermatozóides tipo a. (espermatozóides tipo a – com movimento rápido progressivo linear; tipo b – movimento lento progressivo não linear);
  • Morfologia: acima de 30% de espermatozóides ovais normais segundo a organização mundial de saúde (OMS) ou acima de 04% de ovais normais segundo os critérios de Kruger. A morfologia de Kruger é a mais valorizada pelos especialistas em reprodução humana, mas só é realizada adequadamente pelos laboratórios especializados;
  • Leucócitos: abaixo de um milhão por ml.

 

c) Ultrassom de testículo e próstata:Frente a alterações do espermograma, é necessário a avaliação mais detalhada dos órgãos reprodutores masculinos através do ultrassom.

d) Dosagens hormonais:Frente a alterações do espermograma, é necessário a avaliação mais detalhada dos órgãos reprodutores masculinos através do ultrassom.

NA MULHER:

a) Exames sorológicos: São exames de sangue para pesquisar doenças infecciosas como sífilis, hepatite, AIDS entre outras.

b) Dosagens hormonais: São requisitadas dosagens hormonais quando a mulher apresenta ciclos menstruais irregulares, ou seja com intervalos superiores a 35-40 dias, ou quando tem mais idade ou por im quando apresentam clinicamente alguma característica que leve o médico a suspeitar de alguma alteração endócrina (ex obesidade, aumento de pelos etc..). Entre eles estão as dosagens de FSH (folículo estimulante), LH (luteinizante), prolactina, TSH (tireoestimulante), T4 (tireoidiano), estrogênio, progesterona, androstenediona, testosterona, insulina entre outros. Cada exame tem uma data especíica para ser coletado de acordo com o ciclo menstrual. Coletas em dias errados podem levar a diagnósticos equivocados.

c) Ultrassonografia trans-vaginal: Exame obrigatoriamente pedido para todas as pacientes. Tem como objetivo avaliar o útero na procura de mal-formações, miomas, o endométrio para afastar a presença de pólipos, e outras doenças além de permitir a avaliação dos ovários na procura de cistos e endometriomas.

d) Histerossalpingografia: Exame realizado entre o 5º e 9º dia do ciclo menstrual. Durante sua realização é injetado, via vaginal, contraste dentro do útero e das trompas e depois são obtidas chapas de RX. Além de complementar a avaliação da cavidade uterina (região endometrial) na procura de pólipos e miomas, tem excelente sensibilidade para diagnóstico das mal formações. É considerado obrigatório na pesquisa de infertilidade por ser o único que avalia as condições internas das tropas, não somente vendo a permeabilidade mas também mostrando alterações da sua parte interna que nenhum outro exame ou mesmo a laparoscopia é capaz de avaliar.

e) Teste pós-coital: Exame no qual coleta-se muco do canal cervical (secreção através da qual os espermatozóides passam para penetrar no útero, e que serve para retirar substâncias neles aderidas provenientes do ejaculado) após 6 a 8 horas da relação sexual, no dia sabidamente fértil indicado pelo médico. Procura-se no muco a presença de espermatozóides móveis. O teste negativo indica que o muco da mulher não permite a ascensão dos espermatozóides para dentro do útero. Este exame vem sendo pouco utilizado pela dificuldade em agenda-lo adequadamente exatamente no dia fértil, exigindo para isso controles de ultrassom seriados. Quando é realizado em data inadequada leva a falsos resultados promovendo erros de diagnóstico e tratamento.

Quando todos os resultados dos exames básicos estão normais, iniciamos a chamada pesquisa avançada que inclui na mulher:

a) Histeroscopia: Exame no qual um sistema ótico é introduzido dentro do útero da mulher para se ver diretamente a parte interna deste, na procura de algum problema que possa ter passado despercebido pelo ultrassom e pela histerossalpingografia. È realizado de forma ambulatorial.

b) Laparoscopia: Procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, realizado em hospital que permite através de um pequeno corte no umbigo olhar diretamente a superfície do útero e principalmente as trompas a procura de aderências ou endometriose.

Em alguns casos específicos, dependendo da história clínica do casal, pode-se complementar os exames, com outras provas específicas:

a) Histerossonografia: Tipo de ultrassom no qual se injeta liquido dento do útero para se ter uma melhor definição de suas paredes internas, muito utilizado nas suspeitas de pólipos e miomas.

b) Ressonância Nuclear Magnética Pélvica: Exame que deve ser realizado na suspeita de endometriose grave por facilitar o diagnóstico e permitir verificar a existência do que chamamos de endometriose profunda, que acomete até mesmo o intestino; previamente a cirurgias para retirada de miomas, por permitir uma melhor avaliação do numero total de miomas e suas localizações e por fim na complementação diagnóstica das mal-formações uterinas.

c) Cariótipos: Através de amostras de sangue é possível verificar alterações cromossômicas do homem ou da mulher, devendo ser indicado quando o casal apresenta dois ou mais abortos espontâneos anteriores, antecedentes familiares de crianças sabidamente com problemas genéticos, ou frente a alterações graves do espermograma do homem, sendo neste ultimo caso necessária a complementação com pesquisa de microdissecção do cromossomo Y.

d) Testes de histocompatibilidade: Casais que apresentam antecedentes de sucessivos abortos ou falhas de implantação (casais que realizam procedimentos de FIV, formam bons embriões, mas não conseguem gestar) frequentemente são orientados a fazer pesquisas que avaliam a compatibilidade existente entre o sistema imunológico dos dois.

e) Biopsias testiculares: Quando no homem não se encontram espermatozóides no sêmen ejaculado, após a realização de dosagens hormonais, eventualmente pode-se complementar o diagnóstico realizando-se a retirada de pequenos fragmentos do testículo, sob anestesia, para verificarmos a presença de espermatozóides que podem ser criopreservados e utilizados posteriormente para a realização de procedimentos de bebe de proveta com ICSI .

Infertilidade significa dificuldade para ter filhos. Os seres humanos, quando comparados com outros animais são considerados subférteis, o que significa que mesmo sem nenhum problema o casal pode demorar para engravidar. A chance de gravidez por mês de tentativa gira em torno de 30%.Esta chance, mais baixa comparado aos outros animais, ocorre porque nem todos os óvulos e os espermatozóides dos humanos são bons. A cada 12 óvulos, (a mulher normalmente produz um único óvulo maduro por mês), somente 04 são viáveis, e a cada 100 espermatozóides, somente 10 a 14 são absolutamente normais. Logo se um casal vem tentando gravidez há 6 meses e ainda não conseguiu, não significa que tenham algum problema.

a) Doenças sistêmicas: Problemas como diabetes (excesso de açúcar no sangue), alterações da tireóide, aumento da pressão arterial, alterações no sistema de defesa do organismo como lúpus, reumatismos podem levar a dificuldade de gestar ou a abortos.

b) Dificuldade em ter relações sexuais: Algumas mulheres tem dificuldade em ter uma relação sexual completa, que pode ser causada por uma mal formação no hímen ou na vagina, que deve ser corrigida cirurgicamente ou então por um problema emocional chamado vaginismo, devendo ser acompanhado por um psicólogo. Lesões medulares (da coluna) por acidentes nos homens que levam a paraplegias podem estar relacionadas a falta de ereção, dificultando as relações sexuais, assim como outras formas de impotência sexual.

c) Infecções: Corrimentos vaginais podem levar a dificuldade para engravidar. È importante que todas as mulheres façam os exames preventivos de papanicolaou regularmente em seu ginecologista e que tratem logo qualquer corrimento, com uso de antibióticos e cremes vaginais. Determinadas infecções causadas por bactérias conhecidas por gonococos e chlamidia podem provocar a obstrução das trompas, as vezes de forma irreversível.

d) Fator cervical: O colo do útero é por onde os espermatozóides passam para entrar no útero e chegar nas trompas. As vezes este canal pode ser muito problemático dificultando a entrada dos espermatozóide. Outras vezes, o liquido produzido pelo colo, que é chamado de muco cervical, que normalmente facilita a penetração dos espermatozóides, pode ter em seu meio substancias que acabam por matá-los (anticorpos). Para resolver este problema frequentemente indica-se a inseminação artificial.

e) Fator uterino corporal: O útero é o órgão que abriga a gestação durante toda a sua evolução. Algumas mal formações uterinas podem levar a dificuldade de gravidez assim como aumentam o risco de aborto. Mulheres com pólipos e miomas (tumor benigno do útero) dependendo do lugar em que se encontram e do tamanho também podem ter problemas. Mulheres que foram submetidas a várias curetagens (raspagens do útero que as vezes são realizadas após abortos) podem ter as paredes do útero grudadas, o que chamamos de sinéquia, que impedem a gestação. Algumas destas alterações necessitam de tratamento cirúrgico (laparoscopias, histeroscopia ou laparotomias), outras somente de medicamentos que melhoram as condições uterinas facilitando a implantação e acomodação do útero durante a gravidez evitando os abortos.

f) Fator tubário: As trompas são as responsáveis por pegarem os óvulos liberados pelos ovários, e é justamente dentro delas que os espermatozóides penetram no interior dos óvulos formando o embrião. Algumas mulheres podem ter as trompas fechadas ou prejudicadas por infecções ou cirurgias abdominais anteriores ou por serem laqueadas .

g) Fator ovariano: Algumas mulheres não ovulam todo o mês, por problemas hormonais (síndrome dos ovários micropolicisticos) e por isso tem as menstruações muito irregulares (que demoram 50-60 dias ou mais para descer), levando a uma dificuldade de engravidar. A presença de cistos no ovário encontrados no ultrassom não quer dizer que obrigatoriamente existe um problema. Na grande maioria das vezes os cistos são funcionais, não precisando ser tratados e desaparecem sozinhos. Outros podem necessitar tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Os ovários após uma certa idade (além de 45 anos) param de funcionar por completo, o que chamamos de menopausa. Embora infreqüente, algumas mulheres tem menopausa mais precoce por problemas imunológicos (anticorpos) ou genéticos. Quanto mais idade pior a qualidade dos óvulos produzida pelos ovários, logo o ideal é se ter pelo menos um filho antes dos 35 anos de idade.

g) Endometriose: É uma doença encontrada em 40% das mulheres com dificuldade de engravidar. Os sintomas mais comuns são cólicas menstruais de forte intensidade e dores nas relações sexuais. A endometriose dificulta a gestação por provocarem alterações nas trompas e cistos nos ovários com sangue em seu interior. A endometriose frequentemente é tratada por cirurgia e por medicamentos. Quando não se consegue por cirurgia (laparoscopia) tratar as trompas, o tratamento mais indicado é a fertilização in vitro (bebe de proveta).

g) Alterações genéticas: Alterações dos cromossomos e genes (código hereditário encontrado dentro de todas as células do organismo).

Após 12 meses tentando gestação sem êxito o casal deve procurar um especialista. Os médicos não estão autorizados a pesquisar causas de infertilidade antes de 12 meses de tentativa sem métodos de contracepção tendo relações sexuais freqüentes, salvo se o casal apresentar algum antecedente que sabidamente esteja ligado a dificuldade de engravidar. 

Em 40% dos casos a causa da infertilidade é feminina, em 40% masculina e nos 20% restantes a causa é de ambos. Mas vale a pena lembrar que o importante não é saber de quem é a culpa e sim encarar sempre como um problema do casal!!!

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