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Fertilização in vitro clássica

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Para este procedimento aplica-se na mulher, diariamente, hormônios (Gonadotrofinas) para que ela, ao invés de ter somente um folículo no ovário (estrutura que tem o óvulo dentro) (fig 1), tenha 10 ou mais (fig 2).

 

Durante o período em que a mulher usa estes hormônios, são necessários controles de ultrassom para avaliar a resposta dos ovários quanto ao número e tamanho dos folículos. Quando os folículos atingem tamanho ideal, a mulher recebe uma última injeção de hormônio e 34 a 36 horas depois ela é anestesiada e submetida à folículo aspiração (Fig 3), que consiste na retirada do líquido de dentro dos folículos em meio ao qual os óvulos são encontrados (Fig 4). A folículo aspiração é realizada através de agulha guiada por ultrassom, a qual é introduzida pela vagina.

 

Após o reconhecimento, pelo embriologista,  dos óvulos no líquido folicular, estes são separados, avaliados quanto a sua qualidade e maturidade (nem todos os óvulos obtidos são bons ou maduros) (Fig 5). Após esta classificação os óvulos são colocados em gotas de meio de cultura em placas especiais (Fig 6), e mantidos em estufas (câmaras aquecidas e com gases especiais, necessários para a sobrevivência de óvulos e embriões – Fig 7).

 

Paralelamente, o homem coleta sêmen o qual é preparado no laboratório com meios especiais, separando os melhores espermatozoides (fig 8). Um grande número de espermatozoides é colocado nas gotas que contêm os óvulos. Por um mecanismo intrínseco dos óvulos, somente um único espermatozoide deve conseguir penetrar, ou melhor, fertilizar o óvulo.

Após a penetração do espermatozoide (chamada fertilização) ocorrem modificações no óvulo e 12 horas depois aparecem, dentro do mesmo, duas estruturas redondas conhecidas como pronúcleos (Fig 9), que nada mais são que o material genético masculino e feminino se unindo. Nem em todos os óvulos aparecem estas estruturas, o que significa que a fertilização não ocorre em todos os óvulos. Em média, do total de óvulos maduros, 70 a 80% são fertilizados.

 

Uma anomalia pode ocorrer, a chamada multipronucleação, quando são verificados dentro do óvulo três ou mais pronúcleos. Quando isso ocorre, estes óvulos são descartados, não podendo ser utilizados, pois penetrou no óvulo mais de um espermatozoide, ou o núcleo do óvulo bipartiu. (Fig. 10)

 

Após 24 horas, costuma ocorrer a divisão do óvulo fertilizado em duas células (Fig. 10). A partir desta divisão passa a existir o assim chamado embrião. Nem todos os óvulos fertilizados se transformam em embriões. A média é se obter 50% – 60% de embriões do total de óvulos. Aqueles óvulos que não se dividem são descartados.

 

Com o passar das horas, os embriões de boa qualidade seguem se dividindo em um número cada vez maior de células. Por exemplo, um embrião com 48 horas tem 4 células (Fig 11), com 72 horas tem de 6 a 8 células (Fig 12) e com 120 horas atinge um número incontável de células passando aí o embrião a ser chamado de blastocisto (Fig 13).

 

Os melhores embriões são selecionados para serem depositados no interior do útero da mulher através de uma cânula muito fina que passa através da vagina pelo colo do útero, procedimento conhecido como transferência de embriões. Ato simples e indolor, semelhante a um exame ginecológico de rotina. (Fig.14)

 

Segundo a lei de biossegurança (2010) podemos transferir para uma mulher com menos de 35 anos, no máximo 2 embriões. Entre 36 e 39 anos, 3 embriões; e acima de 40 anos até 4 embriões. Isso é assim determinado, visando diminuir o número de gestações múltiplas, e leva em consideração que quanto maior for a idade da mulher, menores são as chances de gravidez. Nem sempre transferir muitos embriões é adequado. A gestação múltipla é sempre uma preocupação, pelos riscos pré natais.

 

Quando se obtém embriões extranumerários, ou seja, além daqueles que podemos transferir para o útero naquele ciclo, estes são congelados, podendo ser posteriormente descongelados e transferidos para o útero caso a primeira transferência não resulte em gravidez, ou caso a mulher queira mais filhos.

As chances de gravidez por tentativa como dito anteriormente são proporcionais a idade da mulher. Mulheres abaixo de 35 anos chegam a ter taxas de gravidez ao redor de 50% por transferência de embrião, mas por exemplo, uma mulher com mais de 42 anos, a taxa é inferior a 10%.

 

Quando se faz biópsia embrionária (PGT-A – descrito abaixo), principalmente em mulheres acima de 40 anos, a taxa de gravidez se torna  “mais alta”. Não é bem isso que acontece! A biópsia não aumenta as chances de gravidez, na realidade, muitas mulheres, por terem todos os embriões alterados, não chegam nem mesmo a fazer a transferência de embriões, logo o número de gestações por transferência aumenta, pois são retirados da estatística aqueles casos que não tiveram embriões transferidos! Cuidado! Verdades devem ser ditas!

 


Fig.1 – Ovário com folículo único ao ultrassom


Fig.2 – Ovário com vários folículos ao ultrassom

Fig.3 – Ultrassom com agulha para realizar a folículo aspiração

Fig.4 – Líquido folicular onde são procurados os óvulos

Fig.5 – Óvulo imaturo (acima) e óvulo maduro (abaixo)

Fig.6 – Óvulos colocados um a um em gotas de meio de cultura

Fig.7 – Incubadora onde são mantidos óvulos, espermatozoides e embriões

Fig.8 – Espermatozóides, após seleção são colocados junto com os óvulos

Fig.9 – Óvulo fertilizado mostrando os dois pronúcleos

Fig.10 – Óvulo fertilizado de forma anormal, mostrando três, pronúcleos

Fig.10a – Embrião de duas células (24 horas)

Fig.11 – Embrião de quatro células (48 horas)

Fig.12 – Embrião de doze células (72 horas)

Fig.13 – Blastocisto (120 horas)

Fig.14 – Cateter utilizado para depositar embriões dentro do útero

Quando é indicado?

Técnica indicada principalmente quando:
- a mulher apresenta problemas nas trompas como infecções que causam o fechamento das mesmas, endometriose, ou mesmo quando não é possível reverter uma laqueadura (cirurgia para evitar filhos);
- frente ao diagnóstico de fator masculino moderado (entre 1.000.000 a 5.000.000 de espermatozoides/mL, com motilidade razoável e morfologia normal).

Vantagens da Fertilização in vitro clássica

 


– Tubas bloqueadas: Para mulheres com trompas bloqueadas ou danificadas, a FIV proporciona maiores taxas de gravidez quando comparadas às taxas obtidas após cirurgias para reconstrução das trompas


 


– Pacientes idosas / pacientes com reserva ovariana baixa: a FIV pode ser usada para maximizar a chance das pacientes com idade mais avançada conceberem um bebê.


 


– Infertilidade masculina: Casais com um problema de infertilidade masculina terão uma chance muito maior de conceber com fertilização in vitro do que conceber naturalmente ou com inseminação artificial.


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